A cada edição da Moda Lisboa o número de pessoas cujo objectivo principal é aparecer aumenta, o desejo de ser fotografado é tão grande que há pessoas capazes das coisas mais absurdas para obter os seus 2 segundos de fama (sim, 2 segundos dado que no mundo da moda a coisa é sempre mais efémera...) mesmo que não seja pelos melhores motivos, o importante é aparecer e ser notado.
Ora eu vi coisas que, juro, não lembra a ninguém (a não ser a alguém que para além de muito excêntrico tem uma necessidade desmedida de se fazer notar), até ontem, por exemplo, eu estava convencidíssima de que um ele era uma ela. Pois que para mim (e friso o para mim) isto não é ter estilo, não é ser trendy nem sequer é estar na moda ou querer ser diferente, é gostar de ser falado (independentemente do discurso ser negativo).
Um evento destes deve realmente (e na minha modesta opinião) dar a conhecer gente, mas gente que se saiba vestir, que faça conjungações diferentes mas interessantes, com potencial, que sobressaiam por entre a multidão não porque andam com um collant na cabeça mas porque têm uma irreverência positiva, porque acrescentam qualquer coisa à moda e não porque lhe deturpam o sentido ou lhe conferem um aspecto fútil, banal e em alguns casos eu diria mesmo, rídiculo. Lamento que se dê tempo de antena a estas pessoas, pelo simples facto de se vir a associar tais imagens a uma edição de moda (portuguesa by the way!) e por assim, conferirem à mesma uma imagem muito pouco fashion...
Mas isto sou eu que para além de não perceber nada de moda, devo ser muito retrógrada...