segunda-feira, 21 de novembro de 2011

My Mamma taught me better than that...

Este é um assunto delicado, que me mexe literalmente com os nervos, que me provoca uma urticária horrenda, que me faz querer amaldiçoar pessoas. Perturba-me ouvir dizer que estando uma grávida numa caixa de atendimento prioritário além de ter de chamar a atenção da funcionária para que cumpra o que é devido, a mesma tenha respondido que a grávida (repito a grávida, que se encontrava numa caixa prioritária) passará se os clientes que estão à sua frente não se importarem muito que tal suceda... Como?! (e não, nenhum dos tais clientes gozava de prioridade). A mim perturba-me que seja necessário existir caixas para tal efeito (por norma há uma caixa, duas com sorte!) porque tal significa que as pessoas não respeitam e não são dotadas do civismo que lhes permita ceder a prioridade a quem deve ser dada, é necessário estar escrito, vir em algum lado, é preciso que seja lei. É triste, mas é assim. Em quase um ano, só me foi cedida a passagem, de bom grado, voluntariamente e com um sorriso na cara, uma única vez. Aliás, mesmo nos elevadores dos centros comerciais são necessárias placas a informar que idosos, grávidas e pessoas que se fazem acompanhar de crianças têm prioridade... é lamentável. Sobretudo, quando já aconteceu tentarem descaradamente entrar à nossa frente nos ditos cujos (mesmo tendo chegado depois) sim, já sucedeu... as pessoas cedem a prioridade contrariadas (notoriamente contrariadas...), com má cara, olham de lado e falam baixinho e cedem (quando o fazem) porque está escrito na tal placa, ou assinalado na tal caixa, fazem a custo e porque tais indicações escritas a letra bem visível as obriga, não porque a sua educação, bom senso, o seu civismo o dita. E a mim incomoda-me saber que é esta a sociedade que temos. 

4 comentários:

  1. Numa sociedade chamada de civilizada, nem devia ser necessário existir tais placas. Já para não falar na inutilidade destas. A maioria das pessoas ignora! Enfim.

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  2. É enervante, mesmo! Esquecem-se que ou já precisaram, ou poderão vir a precisar. Nos transportes públicos, acontece exactamente o mesmo. Eu, quando estive grávida, tinha uma senhora amorosa que entrava no autocarro comigo e começava logo a dizer para quem quisesse ouvir: Atenção, vem aqui uma grávida... e era vê-los a levantar-se para me dar o lugar. Se assim não fosse, fingiam que estavam a dormir ou distraídos com alguma coisa, ou muito doentinhos...

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  3. Nem imaginas o que isso também me irrita; sempre deixei e deixo passar à frente grávidas e pessoas idosas, etc. Quando estava grávida de precisamente 40 semanas e 1 dia, em pleno Verão, inchadíssima, dirigi-me à caixa do supermercado (caixa prioritária), estavam umas criaturas à minha frente, que após a senhora da caixa lhes ter dito para me darem passagem, ainda se viraram para mim e disseram: Humpf, gravidez não é doença!
    Haja paciência!

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  4. Perante este cenário, eu pergunto-me: será que estar grávida é coisa rara ou a memória é que é curta?
    maria

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