quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Mary

Não me recordo como nos conhecemos mas sei que nunca fomos (oficialmente) apresentadas... nunca nos tínhamos visto em mais lado nenhum, mas ainda hoje acredito (e vou sempre acreditar) que na verdade sempre nos conhecemos... Lembro-me que senti desde sempre uma enorme empatia... algo que nunca me havia acontecido com quem quer que fosse e que sinceramente, não sei traduzir por palavras. Não sei como surgiu aquela  private joke, não sei mesmo, mas sei que nos divertia e que era impossível passarmos sem a repetirmos umas quantas vezes, para nosso gáudio. Inicialmente nem sequer tinhamos o mesmo núcleo de amigos, mas rapidamente o jogo se inverteu e começaram a surgir as jantaradas e as noitadas. Recordo com saudade (muita saudade) as nossas conversas de café. Aliás, sinto falta das nossas conversas no geral para ser franca. Sinto muita falta da tua espontaneidade, das tuas gargalhadas, das tuas expressões tão características, dos e-mails pré-tese (o que eu me ri... aliás, o que nos rimos!!), sinto a tua falta. Jamais pensei que um dia nos tivessemos de despedir. Nunca supus que tivesse de ser assim. Não há dia nenhum em que não pense em ti, olho para as Marias e é inevitável recordar a nossa última conversa. Sei bem o que dirias!  
Guardo todos os vestígios da tua passagem pela minha vida e adoro poder reviver aqueles momentos. 
Sei que estiveste por perto em momentos cruciais e sei que será impossível apagar-te da memória de todos aqueles que tiveram (a sorte) de privar contigo. Já lá vão 2 anos e quase 2 meses e a tua gargalhada continua audível.
Obrigada por me teres permitido ser tua amiga, muito obrigada mesmo.

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